Não é nada que não se possa resolver.
Não me ligues somente, deixa-me estar.
Deixa-me sobreviver.
Quem sou eu, para ser o que quero?
Quem sou eu, para ter o que quero?
Sou herói da minha própria consciência,
Reitor da minha digna irrealidade.
Sou perdedor de uma aparência,
Movida a sagacidade.
Fico só aqui neste canto.
Deixa-me só, deixa-me estar.
Deixo a noite cobrir-me com o seu manto.
Deixo-me só, deixo-me estar.
Aquilo que tive é somente pouco.
Aquilo que preciso parece-me nada.
Quero aquilo que quero, assim, meio louco.
Desejo aquilo que desejo, tudo ou nada.
Quero-te a ti e a mim.
Desejo-te a ti, sim.
Quero ser o que desejo ser:
Meu próprio dínamo a mexer.
Mas por agora deixa-me estar.
Não me sigas, não me persigas, não assim.
Sem intrigas, sem brigas, tu em mim.
Soluço sobre o futuro,
No medo de daqui, não o ver chegar.
Peço-lhe que se empoleire no muro,
E que o olho nos pisque a avisar.
Seremos dele.
Espero ser EU,
Entregue a ele.
Indiferente a ser teu.
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