quinta-feira, 7 de abril de 2011

Prova d’almas

Perder a coisa mais importante na vida,

Faz com que tudo seja diferente.

Perder a coisa mais importante na vida,

Faz com que tudo seja indiferente.

 

Perde-se o apêgo pel’alma.

Perde-se o apego pelo material.

Trabalhamos em piloto-automático numa triste calma,

Num vácuo de alucinação irracional.

 

Podem estuprar-me.

Espancar-me.

Assaltar-me.

Insultar-me.

Atropelar-me.

Arrancar-me a pele e mergulhar-me em água salgada…

 

É a prova de que existe alma.

Como quando um lago fica sem água.

Pensam que o lago seco perde a calma?

Que se rala por terraplanarem e que fica com mágoa?

O lago sem água, é vazio.

Não existe. A água foi com o calor e condensou com ela.

Perdeu-se o quente, perdeu-se o frio.

Viaja no éter dela.

Ficou à espera de reanimação e que o Amor a tire do fastio.

 

É a mesma pessoa que a tem.

A mesma alma que a contém.

Estão juntas as duas num mundo longínquo e fechado também.´

Esperam que se faça “dia”, e que quem se ama perceba que só juntas estão bem.