quarta-feira, 5 de março de 2014

Indomáveis até ao Anoitecer - Um pouco de Ópio



Ontem de noite pensei em ti. 
De forma anormal para os tempos que correm. 
Não aconteceu nada, nem te vi... 
Somos vidas que não morrem. 

Chorei de forma pouco natural, 
Para quem já não sabe chorar.
O conforto do mal, 
São palavras húmidas a sarar. 

Tenho tanto para dizer, como para chorar. 
Repetir-me-ei a escrever, não saberei explicar.

Acordei de mente nova, 
Já não estavas lá. 
Tinha o Sol como prova, 
Já não te aceito cá. 

Mas a mentira tem perna curta
E em qualquer momento voltarás. 
Em mente que surta, 
Cá dentro não descansarás. 

Foste-te com o vento
E voltarás com ele num momento, 
De me lembrar do que eras, 
Do que poderás ser. 
As raízes meras
De um futuro que pode acontecer.
Ou as diferenças como feras
Indomáveis até ao anoitecer.  

Morrerei com essa incerteza, 
Ou a origem acabará por morrer?
O teu nome rima de certeza, 
Mas num ou noutro momento, lá continuarei a viver.

Sem comentários:

Enviar um comentário