domingo, 9 de março de 2014

Resiliência


A mente encheu-se de sonhos
E cambaleou pela realidade. 
Desfiando de passados medonhos, 
Desafiando a gravidade. 

E a Vida saltou da pele, 
E a energia encheu-se de vento.
Procurei a resistência como intento, 
Fugindo com resiliência do fel. 

Este mundo não é mais o nosso. 
Este mundo é mais o meu. 
Quero aquilo que não posso. 
Ter o que sou eu. 

Uma réstia de esperança que me cerca o olhar, 
De não me deter no que pretendo alcançar. 

Morro e resisto. 
Depois da queda não desisto. 
Entre a ternura e o engenho, 
Numa vida que reside neste misto: 
Olhar onde me tenho, 
Saber que existo. 
E lutar pelo meu empenho, 
Na armadura de que me revisto. 

É que não tarda é Primavera, 
E a base em que carburo, 
Sei-a agora uma mera
Janela que procuro. 

Longe onde cheguei. 
Perto onde estou.  
Ali dou a curva e saberei
Ser para onde vou.  

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