A mente encheu-se de sonhos
E cambaleou pela realidade.
Desfiando de passados medonhos,
Desafiando a gravidade.
E a Vida saltou da pele,
E a energia encheu-se de vento.
Procurei a resistência como intento,
Fugindo com resiliência do fel.
Este mundo não é mais o nosso.
Este mundo é mais o meu.
Quero aquilo que não posso.
Ter o que sou eu.
Uma réstia de esperança que me cerca o olhar,
De não me deter no que pretendo alcançar.
Morro e resisto.
Depois da queda não desisto.
Entre a ternura e o engenho,
Numa vida que reside neste misto:
Olhar onde me tenho,
Saber que existo.
E lutar pelo meu empenho,
Na armadura de que me revisto.
É que não tarda é Primavera,
E a base em que carburo,
Sei-a agora uma mera
Janela que procuro.
Longe onde cheguei.
Perto onde estou.
Ali dou a curva e saberei
Ser para onde vou.
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