sábado, 22 de fevereiro de 2014

Jogo de Vultos


Inúmeros acontecimentos 
Que tendem a acontecer, 
Se esvaem em momentos, 
Num acontecimento que nunca chegou a ser.

Troca de olhares, risos espontâneos. 
O fim dos azares, cantos momentâneos. 
A paixão, o grito, o salto, 
A imensidão, o mito, o Presente lá no alto...

São fagulhas de inebriação, 
São semi-colcheias da Canção. 

Que me fito em cansaço, 
De saber que é tudo tão escasso,
De saber que nada acontecerá, 
Que me fito no que não será. 

Que me quedo em não dar seguimento: 
Chega de esperança real!
A que me puxa ao desejo carnal, 
Ao sentimento, a uma via profissional.

De entre este jogo de vultos 
Onde não jogo mais,  
Recebo felicidade aos tumultos, 
Sem esperar conquistas reais. 

Em algum momento este escrito
Será um mito, 
O horizonte será esperança
De uma vida real, da que não cansa.

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