Inúmeros acontecimentos
Que tendem a acontecer,
Se esvaem em momentos,
Num acontecimento que nunca chegou a ser.
Troca de olhares, risos espontâneos.
O fim dos azares, cantos momentâneos.
A paixão, o grito, o salto,
A imensidão, o mito, o Presente lá no alto...
São fagulhas de inebriação,
São semi-colcheias da Canção.
Que me fito em cansaço,
De saber que é tudo tão escasso,
De saber que nada acontecerá,
Que me fito no que não será.
Que me quedo em não dar seguimento:
Chega de esperança real!
A que me puxa ao desejo carnal,
Ao sentimento, a uma via profissional.
De entre este jogo de vultos
Onde não jogo mais,
Recebo felicidade aos tumultos,
Sem esperar conquistas reais.
Em algum momento este escrito
Será um mito,
O horizonte será esperança
De uma vida real, da que não cansa.
Sem comentários:
Enviar um comentário