segunda-feira, 4 de março de 2013

A Vida, a Cidade


Lá fora as luzes da cidade enervam a escuridão de uma noite sem lua.
A calma do mundo repousa nos semáforos activos em estradas desertas.
A pequena brisa: o singular repouso das almas.

E sim, somos este mundo. Somos a vida que nos é entregue.
A vida de quem não se corre atrás, de quem não se soluça em desespero sem que venha uma mão cheia de nada.
A vida é e tem de ser vivida em procura pela felicidade.
Mas uma procura de vivência. Uma procura que acontece pelas peripécias. Uma procura livre de sofreguidão. Uma procura simples. Uma procura nas sortes e nos azares.

De manhã, as luzes da cidade estarão desligadas. O Sol raiará novamente.
O mundo correrá apressado nos semáforos de estradas lotadas.
A pequena brisa nem se sentirá, no meio de tanto excesso.

E o que é a Vida, se não uma sucessão de madrugadas e manhãs de uma qualquer cidade?

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