Julgarás que aquilo lês,
Nunca fará de ti escravo,
Não passará de ficção.
Mas quão errado o que crês.
Deixa-me dizer-te que cada palavra aqui escrita,
É teu passado, presente ou futuro.
Um pardo rumo que a todos incita,
A fuga que em poeta procuro.
Nada do que houve em ti, será mais.
Tudo o que construíste, sentiste, criaste:
Não será mais.
Ninguém que tiveste tão perto, sentirás de novo.
Tudo o que foram, sentiram, viveram:
Não sentirás de novo.
A amizade que julgaste tua,
O amor que julgaste teu,
A família que julgaste global:
És sozinho numa rua.
Cristão e ateu.
Triste... Fatal.
Dirás a ti que o mundo te ignorou.
Que a vida te deixou.
Dirás que nada mais de ti levará.
Que nada mais em ti haverá.
É estratégia,
Coisa régia.
De larga coroa,
Não é coisa boa.
Olhado de lado como que desconfiado,
"Fora de tempo" é o que te deixa irritado.
Deixa mudar o vento.
Vir as flores, o sol,
E aquele sopro no destinado momento.
Voltarás a sê-lo.
Haverá de novo em ti.
Será isso, mas completamente diferente.
Será a igualdade e a diferença.
Como a vida e a morte.
A realidade não mente.
Mesmo a quem não tem crença.
Mesmo a quem deseja um corte.
:)
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