domingo, 10 de março de 2013

Virá a Igualdade e a diferença - Um aviso ao leitor

Julgarás que aquilo lês, 
Nunca fará de ti escravo, 
Não passará de ficção.
Mas quão errado o que crês. 

Deixa-me dizer-te que cada palavra aqui escrita, 
É teu passado, presente ou futuro. 
Um pardo rumo que a todos incita, 
A fuga que em poeta procuro. 

Nada do que houve em ti, será mais. 
Tudo o que construíste, sentiste, criaste:
Não será mais. 

Ninguém que tiveste tão perto, sentirás de novo. 
Tudo o que foram, sentiram, viveram: 
Não sentirás de novo. 

A amizade que julgaste tua, 
O amor que julgaste teu, 
A família que julgaste global:
És sozinho numa rua. 
Cristão e ateu.
Triste... Fatal. 

Dirás a ti que o mundo te ignorou. 
Que a vida te deixou. 

Dirás que nada mais de ti levará. 
Que nada mais em ti haverá. 

É estratégia, 
Coisa régia. 
De larga coroa, 
Não é coisa boa.
Olhado de lado como que desconfiado, 
"Fora de tempo" é o que te deixa irritado. 

Deixa mudar o vento. 
Vir as flores, o sol, 
E aquele sopro no destinado momento. 

Voltarás a sê-lo. 
Haverá de novo em ti. 

Será isso, mas completamente diferente. 
Será a igualdade e a diferença. 
Como a vida e a morte. 
A realidade não mente. 
Mesmo a quem não tem crença. 
Mesmo a quem deseja um corte. 

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