domingo, 27 de janeiro de 2013

Agora, sou desconhecido: Feito de infinitudes.

Que força é essa?
Que força é essa que ao te ver,
Se torna indesmentível a vontade de te ter?

Que força é essa?
Que força é essa que te querendo não te quer ter?
Que desejando teus lábios, não os quer ver?

Que mundo é este em que me encontro?
Que modo de viver,
É o querer ter e o seu contrário?

Que mundo é este em que me encontro,
Que mais parece literário?

Se eu penso,
Digo,
E já não queria dizer.
Se é tão intenso,
Sigo,
E já não quero ver.

Que vida é viver e não viver?
Que vida é amar e não querer amar?
Que vida é querer o sol e a chuva?
Que vida é querer estar e deixar?
Que vida é querer tocar e usar luva?
Que vida é o fogo e a água?
Que vida é o correr e estático?
Que vida é o inquieto e o sorumbático?

E ser tudo isto num único momento, em todos os momentos de uma vida?

Afinal, que sou eu?
Que me aconteceu?
Que pessoa?
Se a cada momento de decisão dura ou simplificada,
Não há nada que mais doa,
Que sentir qualquer das escolhas errada.

Fui o que fui.
Vivi o que vivi.
Primeiro por mim, depois por ti.

Agora, sou todos os contrários do Mundo.
Das batalhas contínuas internas e rudes.
Reflexo numa indefinição sem fundo.
Agora, sou desconhecido: Feito de infinitudes.

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