sexta-feira, 23 de maio de 2014

Um Céptico Sonhador


É pérfido o caminho,
Da minha janela é o que vejo.
Sinto raiva de seguir sozinho
Mas é o estar "só" que almejo.

As cortinas balouçam ao vento
Batem com baque no seu próprio tempo,
Marcando o meu, chamando o céu.

Voei à luz do luar
Mais vezes do que o Sol tocou o mar.
Sem nunca sair, sem nunca zarpar.
Sou um céptico que nunca parou de sonhar.

Fui a mundos onde encontrei vida
Fui a galáxias onde vivem os super-heróis.
Deixando inesquecível memória esquecida,
Vivendo novos luares, vivendo novos sóis.

Não saí de mim próprio, nem me evaporei.
Já nem sei qual o meu Ópio, já nem sei se vivo ou se viverei.

Fecho a janela que são horas de resgatar
Os sonhos que fui matando.
Não sei bem onde os reencontrar
Serão eles as sombras que me vão imitando?

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