quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Afrodite

"Cansaço" é uma palavra forte.
"Cansaço" pode mudar o mundo:
Forçar o trabalho ou folgar extenuado de morte.
Desistir ou correr prego a fundo.

Quase inexistentes devem ser os "cansaços" que nos impedem,
Muitos são os que nos definem.
Quase inexistentes em Afrodite, onde nos excedem
Num dia. Onde no outro nos desinibem.

Um cansaço que enlaça o raciocínio,
Nos faz perguntar ao coração.
Que responde, dum alto escrutínio,
Que como sempre, nos tem na mão.

Foge, fica.
Sente, repele.
Luta, Abdica.
Ora salgado, ora doce como mel.

Afrodite é quem nos cria,
Quem nos lança, irriga,
Quem nos sussurra e quem nos guia.

Afrodite é quem nos dança o mundo,
Mas se no coração pescamos fundo,
Na mente seremos sempre um género imundo.

Cansaço não é desculpa para Afrodite,
Na verdade faz com que hesite,
Mas cansaço só pára o fugaz.

Cansaço não pára o amor, ora exuberante ora residual,
Cansaço não serve...
Afrodite faz em quem se atreve,
Onde o esforço é uma vitória e o deixar sentir, o destino triunfal.

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