segunda-feira, 20 de maio de 2013

Dor Desconhecida


É física.
É um raspar, um corte, uma luxação.
É critica.
É um romper, um partir, uma contracção.

Diverge entre feridas e mutilações.
Remedeia-se com Midas ou medicações.

E é transcendente.
É uma fala, uma palavra, uma acção.
É inteligente.
É um verbo, um nome, uma altercação.

Corrói do fundo ao exterior.
Remedeia-se com tempo ou perdendo rancor.

Prepara-mo-nos para o que conhecemos.
A dor, como emoção cíclica
Passa com o Saber quem ao redor temos.
Só ela: metafísica.

A dor, a mais contrastante,
Bulímica, rítmica, retumbante,
É o anúncio de quem nunca Soubemos.
A demonstração de quem nunca assim cremos.

A vida faz o favor de o demonstrar,
Que a quem sempre viste serenidade,
Te arrancou a capacidade
De ouvir, de perdoar.

Que a quem sempre viste serenidade,
Se demonstra uma mentira nesta verdade.

A física esconde a suplantação,
O conhecimento de alguém te recupera,
Mas a descoberta de uma mentira te rasga.

E conquistas valias,
Que te farão ver luz ao voltares ao fundo.
Susterás nas nuvens frias,
E ao respirar beberás do mundo.


   

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