segunda-feira, 11 de agosto de 2014
Não tem sentido? Eu não escrevo só para ti!
São 3 da manhã agora,
E eu vivo o segundo ao milésimo.
Estou acordado, embora,
Sonhe mais aqui
Que de olhos cerrados
Num sono afora.
Resolvi sentar-me na cama,
Esperar o tempo em que o sono me chama,
Para evitar ficar acordado
Sem poder escrever, intimidado
Com as rimas a discorrer,
No sentido que mas fazem aparecer.
Tenho sentido mais o gosto da comida e do mar,
Mesmo sem comer, mesmo sem me aproximar
Da água que me possa molhar.
E me molha!
Porque a pele está húmida da falta de juízo
Que por aqui se abateu.
Pareço até perder o siso no meio da seriedade
Em que navega um sorriso,
Em que chega um riso de sinceridade.
Estes versos parecem-me demasiado curtos e sem sentido
A não ser o sentido de cada um isolado.
Se calhar esta foi a pior ideia que podia ter tido,
Até porque o sono está a deixar-me cansado.
Não há sentido no que acabei de dizer,
Ou talvez haja...
Afinal, do que se trata o que acabei de escrever,
Se não do todo que venho sentindo?
Sim! Pára de pensar só em ti e vê o meu lado!
Eu não escrevo só para ti,
Escrevo para me sentir... concretizado?
Exorcizado, pois também!
Não estou num caos, pelo contrário.
O mundo é que tem parecido diferente, o salafrário!
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