domingo, 11 de agosto de 2013

Terá de dar outras voltas


Já não és o inconsciente de outrora, 
O incontinente verbal, 
O triturador de falhas que chora. 

És um crítico intelectual 
Do teu próprio espaço. 
Um espectador magistral
De tudo aquilo que faço. 

Continuas a ter a noção, 
De que o tempo chega depois
Do toque da sua mão. 

Continuas a saber 
Que chegas antes do acontecer. 
Continuas a saber 
Quando deves fazer por merecer. 

Mas outrora foste ensinado, 
Que o mundo sentido assusta. 
Que é errado, 
Mais que custa. 

Portanto, 
Aquilo que é não pode parecer ser. 
Aquilo que nasce, não deve aparecer. 
Aquilo em que te soltas, 
Terá de dar outras voltas. 

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