O amor faz-nos parecer crianças.
Para Pessoa são o melhor do mundo,
Nesta linha segue o que penso
E a criança está sempre cá, no fundo.
O amor faz-nos parecer crianças.
Em todas as suas traquinices, loucuras e danças.
No jogo da macaca, nas diabruras e no berlinde,
Sempre á procura que o tempo não finde.
É o amor que nos magoa e nos trás lágrimas…
É ser criança que nos magoa quando caímos…
Os dois termos colam-se e arrepiam em extremos,
Quando reflectimos, quando paramos em nós e nos mantemos
Na fronteira de três lados: da razão, do sentimento e da pura emoção.
Da mesma maneira, ao sermos pensados onde impera a protecção.
Porque a vida se resume a uma aparente infância mais racional,
Onde no fundo, nos sentimos, pensamos e agimos como adulto normal.
Onde no fundo retratamos a criança em estado meramente interior,
E onde o amor… nos faz parecer crianças.