Sou um dado viciado,
Seguindo caminhos desconhecidos.
Preferindo o danado,
Vincando sapatos, rasgando tecidos.
Sou um dado viciado,
Alternando dimensões,
Escolhendo arriscado,
Abordando temas, experiências, situações.
E todas as vias me levam a mim,
Nada me muda,
Um dado viciado, sou assim.
Nem o mundo que vemos diferente,
Nem a escolha, o corte tangente,
Te torna diferente.
Avancei cortando,
Num périplo de transformação,
Agora pensando,
Sou a mesma criação...
Por onde andemos vem lastro,
Ninguém o saberá existir,
Somente sendo um astro,
Somente quem o faça sumir.
Mas não me julguem engraçado,
Que por isso vazio,
Sou um dado viciado,
Meu próprio desvario.
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