quarta-feira, 31 de julho de 2013
Até que ponto estaremos certos quanto ao amor ter um fim?
Tenho vivido a minha vida entre duas tendências: "O amor tem um prazo de validade" e o "O amor acabará se nós quisermos".
Não será legítimo pensar que nem tudo é como o pragmatismo humano conta?
Vou por partes:
O amor tem um prazo de validade? Há dias em que penso que sim. Que o amor vive até ao dia em que acaba. E desse dia em diante, estaremos a adiar o inevitável, a viver numa habituação e no costume.
Mas existem outros dias em que questiono esta mesma ideia de validade. Será que todas as relações nascidas de amor, têm apenas o fim do mesmo no tempo em que o quisermos oferecer?
Não estará a mente a pregar-nos uma partida?
Desde que nascemos, vemos à nossa volta um mundo em que o amor tem um fim. A altura do "não dá mais". A altura do "infelizmente já não é a mesma coisa", "espero que sejas feliz mas a nossa relação já não tem mais nada para dar".
Em Psicologia, é nos apontado o mundo em que nascemos e as experiências que vivemos como a origem da nossa Pessoa.
Será que a envolvência em que vivemos, não nos formata a cabeça para tal escolha na nossa vida amorosa?
Certo será que existem relações impossíveis de continuar. Nem toda a lagarta dá borboleta.
Mas, será que enquanto amantes, não cortamos relações pelo simples facto de a nossa cabeça estar formatada para tudo ter um fim?
E se afinal nada tiver um fim?
E se no meio de todos estes anos de evolução, o ser humano acrescentando saber à capacidade de lidar com os seus sentimentos, estiver simplesmente a errar e a perder amores séculos após séculos?
Afinal, até onde o cosmos nos molda a mente? Afinal, até onde a nossa mente somos nós? Até onde as nossas escolhas são válidas? Até que ponto estará o ser humano certo quanto ao amor ter (sempre) um fim?
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